[ à insônia e ao atropelo do dia sem saída ]
(...)
procuro no vão
pegar
no sono do sono sem sono
apagar
do sono no sono sem sono
procuro no vão
do sono
*
rondam fantasmas
lembranças lentes
resgates graves
do esquecimento:
rolam farrapos
detalhes frágeis
resquícios do dia
entraves lentos:
*
talvez razão na insônia
talvez insânia
> poema de Frederico Barbosa, do Louco no Oco sem Beira (2001)
***
+ ludov p/chá p/já
2 comentários:
Adorei a "insônia" do Frederico. Trouxe a minha...
Insônia
Tropeço no tempo,
refém da noite insone,
enguiçado,
de tanto se repetir.
A noite é uma crisálida
silenciosa,
que voa
borboleta,
ao nascer o dia.
Meu verso branco
insiste em fazer rima,
ao fazer da noite
um incansável açoite.
Solange Firmino
Parabéns, Solange, pelo poema! Obrigado pela visita.Volte sempre! Grande abraço
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