quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

poema inédito em processo


p/Chá
saudade não é literatura,
palavra que não cabe em palavra

um continente desolado
que se guarda sem querer

é perder-se
em meio à multidão implacável
que resiste indiferente

como se o oxigênio fosse
silicio e silêncio

***

mas há uma memória-antídoto, e um outro sítio,
onde animais correm alegrias reais,
e onde se vê um wawa,
inteiro em sua compostura frágil de gente,
carregando um pequeno sorriso do tamanho do sol,

e é nosso; será

a fibra mais densa,
a utopia permanente de felicidade

a casa concluída,
finalmente
.
.
.
..
*a pintura é de Ivan Guayasamín

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