terça-feira, 23 de agosto de 2011

poema de frederico barbosa + música de ludov

[ à insônia e ao atropelo do dia sem saída ]   


(...)

procuro no vão
pegar
no sono do sono sem sono
apagar
do sono no sono sem sono

procuro no vão
do sono


*

rondam fantasmas
lembranças lentes
resgates graves
do esquecimento:

rolam farrapos
detalhes frágeis
resquícios do dia
entraves lentos:


*

talvez razão na insônia
talvez insânia
> poema de Frederico Barbosa, do Louco no Oco sem Beira (2001)


***

+ ludov p/chá p/já


2 comentários:

solfirmino disse...

Adorei a "insônia" do Frederico. Trouxe a minha...

Insônia

Tropeço no tempo,
refém da noite insone,
enguiçado,
de tanto se repetir.

A noite é uma crisálida
silenciosa,
que voa
borboleta,
ao nascer o dia.

Meu verso branco
insiste em fazer rima,
ao fazer da noite
um incansável açoite.

Solange Firmino

vamberto spinelli jr disse...

Parabéns, Solange, pelo poema! Obrigado pela visita.Volte sempre! Grande abraço