DOMINGO
Aos domingos,
impossível viajar,
a não ser por dentro
dos túneis do tédio.
(Todo domingo é delito!).
RITO
Lavar teus poros
nas horas nuas
da última cerimônia.
Beber cristais no suor
luzindo na pele
quando tudo cala.
(Arda o amor,
aniquile-se a falar).
CATARATA
Viganox
Maxidex
Cetrolac
Clarvisol
Pilocarpina
Colírio, colírio, colírio
e os olhos no exílio.
>
poemas do livro À Sombra do Soneto e Outros Poemas de Hildeberto Barbosa Filho, lançado no último sábado em João Pessoa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário