segunda-feira, 30 de maio de 2011

poemas de Hildeberto Barbosa Filho


DOMINGO


Aos domingos, 
impossível viajar, 
a não ser por dentro 
dos túneis do tédio.

(Todo domingo é delito!).


RITO


Lavar teus poros 
nas horas nuas 
da última cerimônia.

Beber cristais no suor 
luzindo na pele 
quando tudo cala.

(Arda o amor, 
aniquile-se a falar).


CATARATA


Viganox 
Maxidex 
Cetrolac 
Clarvisol 
Pilocarpina 

Colírio, colírio, colírio 
e os olhos no exílio. 

>
poemas do livro À Sombra do Soneto e Outros Poemas de Hildeberto Barbosa Filho, lançado no último sábado em João Pessoa. 

Nenhum comentário: